quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Anseio o som da tua voz, em cada canto dessa cidade construída por nós. Anseio as tuas palavras meigas, que me vão embalando docemente. Anseio ouvir, a cada momento o que é característico em ti... as hesitações. as frases inacabadas. as palavras cheias de tudo e de nada. E o que receio é descobrir, que no nada que me é tudo, não exista sequer um pedacinho de mim que vive em ti... e me anseia, como eu a ti. Não sei qual é a fonte destas palavras... não chega para ser paixão, e certamente não chega para ser amor, porque o amor é tudo e não permite nadas. Pode ser, simplesmente, a vontade de não continuar sozinha. Ou pode ser um início relutante. Indefinido e saboroso.

1 comentário:

Mary disse...

Bonito:)