O que acontece na cabeça de um campeão no momento em que entra na arena e é tempo de acção? Acredito que vencer é coisa de quem se eleva além de si, e está disposto a arriscar mais um pouco além do racional. Além do que acredita ele próprio conseguir. Coisa de quem se eleva e se supera: (para) além de si mesmo. Anulando medos. Incrementando vontades. Certezas. Na sua zona de conforto, um campeão move o mundo, fora dela... transforma-o! No dia-a-dia de nós, comuns mortais, acredito ser possível incrementar força no que fazemos, pela simples paixão de fazer o que fazemos, e fazê-lo melhor que ninguém. Já imaginaram a possibilidade de mover o mundo na nossa zona de conforto? E de transformá-lo, fora dela? É demais (não vos parece?)!
Há algo inerente a todos nós, independentemente da nossa raça, credo, do que fazemos. Aquilo que amamos fazer, temos tendência a fazer mais. A fazer melhor. A dispor de tempo suficiente a repetir desalmadamente um processo até à exaustão até que eventualmente sejamos relativamente bons naquilo que fazemos. Neste momento: podem estar a pensar no vosso trabalho ou num hobbie... O que quer que seja, tenho a certeza que é algo onde imprimem o vosso ser. Algo que faz com que o tempo corra, mas que fique sempre igual. Apenas vocês ficam melhores. O que quer que seja que vos faz ficar assim, nesse mundo perfeito onde não há tempo nem espaço: vale a pena! E se deixarem a vossa mente navegar pela imensidão de pessoas que vocês conhecem, aquelas que amam a vida e amam o que fazem, saltam na vossa memória. Como pipocas! Não é? O brilho no olhar, o sorriso no canto do lábio, as piadas no final de um dia exaustivo (mas que passou sem dar por isso)!
Na verdade, eu não sei o que acontece na cabeça de um campeão. Muito menos no momento em que entra na arena e é tempo de acção. Sei apenas uma coisa. Nunca vi um único campeão, que não tivesse esse brilho no olhar. Esse de quem ama o que faz.
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