quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Chego a casa e descalço as sapatilhas. Aquelas do treino. Meias rosa porque a vida precisa ter cor, meias pretas porque afinal há alguma seriedade na vida. Apercebi-me hoje que é este momento, em que os meus pés estão descalços e as sapatilhas jazem descoordenadas no chão, o momento. Aquele em que eu me auto-avalio e me apercebo. O que fiz, o que poderia ter feito mais, o que poderia ter feito melhor. O que progredi. O que regredi. Por vezes sorrio. Outras não. Ocasionalmente caem algumas lágrimas. Tudo faz parte...
Eu não sei porque sou tão exigente comigo própria. Porque é que procuro a perfeição dentro dos parâmetros que defino e ignoro tudo o que fica aquém. Não é bem ignorar. Falhar tem um sabor amargo, do qual eu preciso para seguir em frente no dia seguinte, mais focada. Mais motivada. Não gosto desse sabor, nem deste sentimento, mas aprendi a abraçá-lo e a percebê-lo. De um modo que reconheço que por vezes, mais vale ignorá-lo. E tentar de novo amanhã. Ou depois. Ou depois. Dar tempo ao tempo e não desistir! 
Acredito que a vida é semelhante ao desporto. Ainda que colorida, deve ter aquela pitada de seriedade. Por isso vos escrevo hoje... Porque às vezes os dias são cinzentos. Mas se aprendermos a olhar os raios de sol que se escapam das nuvens, e acreditarmos o suficiente... Bem, se não desistirmos dos nossos sonhos: tudo pode acontecer! Não é?!! 

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