segunda-feira, 27 de abril de 2015

Valor_

Vivemos dias curtos, embora longos nos afazeres. O tempo é de calma, e o mundo de confusão. Estabelecemos um ritmo, mas então é esse ritmo que acelera e que nos define. Tudo muda, a todo o segundo. E, no entanto, tanto parece igual. Tudo até, talvez. Um dia dás conta e decidiste ser tu e viver para ti. Ter a tua calma, a tal calma na alma. Os planos não têm assim tanta importãncia, até porque agora fazes o que te dá na real gana. O que apetece. Rodeias-te das pessoas que querem estar presentes na tua vida, e das coisas que amas fazer. E o resto? A vida não se faz de restos, por isso, nem interessa. Vives em paz com a constatação de que há pessoas que adoras e admiras, mas cujo percurso não é próximo do teu. E continuas a adorá-las e a admirá-las por todo o seu percurso de coragem e bem-viver, porque são inspiradoras para ti, mas não precisas necessariamente de as ter por perto. Não mesmo. É que o tempo não dá para tudo. Não podes ir a todos os sítios que queres. Não podes alimentar todas as amizades que gostarias de alimentar. Nem estar com todas as pessoas que marcaram a tua vida mas seguiram rumos diferentes. Não mesmo. E então, vais fazendo escolhas. Estás com quem queres e quer estar contigo. Nos dias bons e nos dias maus. Para a galhofa e para as lágrimas. Aquelas pessoas que literalmente te aturam e se preocupam contigo. E ficas feliz. Sabiam que há demasiada gente que não tem (nem!) uma pessoa assim na vida! Triste. Mas não para ti. Tu sentes-te bem com o que tens, e o que te falta nem faz assim tanta falta. Curioso, não é?

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