sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Há silêncios que nos matam. E outros que nos dão vida!

Há silêncios que nos matam. Que nos dilaceram a alma devagarinho. Como quem quer deixar de respirar, suavemente... pela simples falta de vontade de sentir o sol trespassar os poros ou o vento refrescar a alma.
Há silêncios que nos matam. Antes mesmo de nos entristecerem. Antes mesmo de se fazerem sentir fisicamente... Porque se sentem na alma. Porque mesmo na presença se materializa a ausência tão fria. Tão dura. E inerte.
Há silêncios que nos matam. E que sobre as nossas costas pesam, como se carregássemos todos os problemas e tristeza que existem à face da terra.
Há silêncios que nos matam. Mesmo quando existem em breves momentos, entre cada frase inacabada, no meio de olhares desatentos, que simplesmente nunca serão capazes de compreender o que se passa ali. No centro do mundo.
Há silêncios que nos matam. E outros que nos dão vida! Como se deles precisássemos para continuar a ser quem somos. Como se da ausência nos alimentássemos para continuar a necessitar da presença inacabada de um olhar, de um gesto.
Há silêncios que nos matam. E outros que nos dão vida! Como se, sem o silêncio, a nossa alma sufocasse em beijos, e abraços, e promessas, e cansaço... E permitisse assim que, fôssemos morrendo... lentamente... sem esperança de voltar a ser, sem a lembrança de ter identidade...
O que mata então? O silêncio ou a ausência dele?
Há silêncios que nos matam... quando são demasiado curtos... ou demasiado longos. Quando existem sem os querermos, quando os queremos e não existem... Quando te mata a ti o silêncio?

10 comentários:

Anónimo disse...

Por vezes, o silêncio é a única resposta quando se esgotam todas as palavras.

IandU disse...

Mata-me quando é longo demais para ficar a desejar a ausência dele!

Å®t Øf £övë disse...

Cacau,
Os silêncios são sempre dificeis de interpretar, porque há os silêncios bons e os maus. Depende do momento, da situação, e da forma como os interpretamos. Mas na verdade, muitas vezes, os silêncios dizem-nos bem mais que as palavras.
Bom fds.
Bjs.

Maria Manuela disse...

Eu sou das que prefiro os gritos aos silêncios...

Um dia ou dois de silêncio ainda concebo como momento de reflexão...por isso dou tempo, por isso procuro, quanto mais não seja para pedir desculpa se for esse o caso.

mais do que isso considero falta de respeito e desprezo e chuto para canto.... E quando o silêncio acaba muitas vezes é tarde demais, quem não quer falar sou eu ! temos pena !!!

beijos

Anónimo disse...

O silêncio com paz, é óptimo.
O silêncio com dor, mata.

Beijo e muito bom silêncio para ti!

... disse...

O silêncio desespera-me, prefiro palavras amargas, gritos, discussões, sei lá, qualquer coisa...o não saber o que vai do outro lado, para mim é muito dificil de gerir.
E às vezes quando a outra pessoa finalmente quebra o silêncio, sou eu que já não quero conversar, enfim...!

Beijos

P.S: Gostei do blog ;)

A Túlipa disse...

O silênio nunca é mau. Nem que dê apenas para pensar e sentir as coisas que nos fazem falta.

a ALMA das IMAGENS disse...

Sem a menor duvida que existem silêncios assim....
silêncios que nos torturam, que nos sufocam.
Enfim, silêncios que nos gritam na alma.
Beijinho.
Sissi

u João disse...

Excelente!"Silêncios" não "silêncio". Podem acontecer quando esperamos encontrar nos outros, o que nos compete procurar dentro de nós.É compreensível, não somos ilhas.Pelo lado positivo esses silêncios podem ser um sinal para mudarmos de rumo.
Boa semana

Luzia disse...

Quando estou à espera de uma decisão...seja de que tipo for!