segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Balanço_

Silencia-se a alma. E no espaço que se encontra para sentir, transborda agradecimento numa alegria mansa. Entrelaçadas na memória, as lembranças jorram entre momentos díspares e antagónicos no sentimento. Mas o que prevalece são momentos felizes. De risos. De paz. Vividos no presente, sem pensar em mais do que no próximo minuto. 
Um ano depois, cá estamos. A mesma hora, um local diferente. Este ano anseio regressar, tenho a saudade assolapada na alma. Há um ano, desejava ficar mais um pouco. Conhecer, explorar melhor. Mais! 
A única constante na vida é mesmo a mudança...Tudo pode mudar em um instante apenas. Para melhor (e não é tão bom?!). Para pior. E ambos se gerem, entre amigos e abraços e pessoas que nos transportam ao colo como se fôssemos uma leve pena. Colos aquecidos com carinho e alegria, colos de irmãos. 
A única constante na vida é a mudança. E nem te apercebes, por vezes, qual foi o instante que fez tudo ficar diferente. Sentimentos que não geres. Paciência que não tens afinal. Acredito que a amizade não prende, e que amigos ficam felizes quando o que veêm em nós se resume (não se limitando!) a alegria e sorrisos. A amizade é mais pura quando não cobra. Mas é difícil, sim, não querer prender aquilo que nos faz bem, alegres! Desapegarmo-nos é difícil quando o apego é grande... Grande porque sabe bem à alma. 
Pássaros felizes, são pássaros que voam sem amarras. Ainda que gostem de ter laços para onde voltar. A sua casa. O seu ninho. Sinto saudades desses quatro pássaros juntos. (a minha casa durante meses e meses...) Neste momento do presente em que estou genuinamente feliz.
Mudança. Tudo o que aconteceu este ano. Foi duro. Cruel. Cravejado por momentos sem esperança. Com cheiro de amizade e bem querer. Com vida a rodear corpos inertes.
Sempre quis voar sem amarras. Mais longe e mais alto, sem querer saber do mundo. Só temos uma vida afinal... 
Cheguei à conclusão. Que o essencial: a lição inabalável deste ano! Quero voar, com o meu sítio preferido do mundo, para onde voltar. Para voar comigo. Que quer saber, afinal, desse tal brilho do meu olhar. 
É verdade. Sim... Não foi o mundo que mudou... Fui eu.