quarta-feira, 28 de agosto de 2013

É Agosto no Porto!

Segunda quinzena de Agosto. E, ao contrário do que acontece na primeira quinzena, a cidade ganha corpo e movimento. Nas ruas, confundem-se turistas, tugas em modo descontraído de praia e aqueles que já voltaram à dura vida de trabalho. É uma fase gira para deambular na cidade, porque a amálgama de pessoas é diferente, ou traja-se de modo diferente do habitual. As senhoras ajeitam a alça do vestido que teima em cair, ou dão o jeitinho à saia de verão que teima em subir. Os miúdos passeiam com os baldes da praia e de chinelo no dedo, recheado com os restos de areia que ficam colados nos pés. Quem já trabalha, olha de soslaio, com um risinho no rosto como que a recordar as férias que já terminaram. Amontoam-se pessoas nas livrarias, porque a escola vai já começar, e contam-se os euros para os livros, as roupas (é que os putos não param de crescer!!!) e as botinhas quentinhas de inverno. Porque mais um ano se avizinha e nada pode falhar!
Agosto dá vontade de sorrir. Faz-me recordar velhos tempos em que o Verão era todo passado à beira-mar, com os primaços, e as estrelas do mar, os mergulhos, os novos amigos e os de sempre... Aqueles tempos em que apenas nos preocupávamos em contar as horas até podermos tomar banho, porque nem o sol era perigoso como agora. Dá mesmo uma vontade louca de sorrir: porque o tempo agora se aproveita, mas sempre a um ritmo diferente, muito próprio... Ainda que a nossa profissão seja a nossa paixão, os verões nunca terão o mesmo sabor. E daí, que importa? Um sabor diferente a cada ano significa que o tempo passa, que estamos melhores, que crescemos mais... Sabores diferentes, a cada ano que passa: gosto tanto! 


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lisboa, menina e moça... menina!

De tempos a tempos vou a Lisboa. Para relaxar ou matar saudades, certo é que Lisboa deixa-me sempre com um sorriso no rosto. Porque me distrai e me diverte, me concentra e me diverge.
A viagem de comboio é sempre uma aventura. Em pleno Agosto, distraio o olhar tentando adivinhar nacionalidades e histórias dos passageiros que agora cruzam o meu caminho. Um casal de Italianos, muito relaxados, viajam um pouco à minha frente. Ela lê o seu livro de paginas amarelecidas, ele repousa os olhos ora sobre o seu próprio livro, ora sobre os cabelos dela, afagando-os delicadamente, enquanto tenta brincar com as suas melenas loiras. Um toque que ela dispersa, e do qual volta e meia se afasta... Será ele o fulcro relacional? Imagino-os proprietários de uma vinha familiar, perdida no meio daquela bota imensa, ele montando a cavalo, enquanto ela faz compotas e deliciosos pudins... Mesmo atrás de mim, um senhor de meia idade põe os telefonemas em dia. Liga à mãe (o homem ainda tem mãe???), a meia dúzia de amigos (aos quais fala de outra meia dúzia, criticando-os veemente, entre risinhos estranhos e convulsivos) e presumo que até ligaria ao cachorro, se este falasse. Não é uma pessoa que me ocupasse muito tempo de conversação, parece-me fútil, meio 'homem' da mamã (estranho!). Mais à frente, senta-se uma senhora alta, vistosa, bem vestida. Talvez de um pais tropical... e talvez tivesse sido picada pelo tal do mosquito: cinco minutos depois de termos partido, já dormia de boca aberta (not so sexy after all!).
A cereja no topo do bolo? O senhor que pica os bilhetes, meia idade, tatuagem meia escondida no braço esquerdo, repousa os olhos em mim com demora, e quando lhe pergunto se deseja ver novamente o bilhete, apenas me responde: ''-Estou apenas a olhar para si, tem problema?'' Sorri de soslaio, e fixei o meu livro, enquanto pensava que os comboios são lugares estranhos...
Sai no Oriente (com muita sorte minha, porque ia passando a estação sem dar conta) e esperei pela Cátia enquanto deambulava pela FNAC, procurando inspiração nos livros... Duas aquisições depois (O monge que vendeu o seu ferrari e outro livro do mesmo autor, cujo nome se me escapa), ela chegou. Que saudades! Algumas horas depois, conseguimos sair dali, com alguma conversa já em dia. O mote estava lançado: iríamos andar ao sabor do vento. Sabíamos o que queríamos fazer: ver o espetáculo de luz no Terreiro do Paço e o Sightseeing tour pela cidade. O resto? Andando e vendo!
Estava fadado que iríamos falhar o espetáculo da luz, culpa dumas Noosa lindas que eu cismei que queria e não encontrei, mas acabamos por ir ao Terreiro do Paço ter com alguns amigos, para beber um gin. Foi uma noite simpática e cheia de sorrisos, brincadeira e boa disposição, mesmo à minha medida, que terminou nos Meninos do Rio, numa disco 'da moda', porque toda a gente queria ir dormir mas ninguém queria dar o braço a torcer. Eu diria: ainda bem!!! Fartamo-nos de dançar, rir e gozar com as mais diversas coisas, pessoas e situações, bem à Tuga.
Tínhamos planeado que o dia seguinte começaria às 9h... Not! Acordamos já passava do meio dia, e digo-vos já que disfarçarmo-nos de turistas deu que falar, pelo que só às 15h iniciamos o nosso Tour. Vivemos num ritmo moderadamente atrasado todo o fim-de-semana, pelo que eu estava com muito receio de não conseguir apanhar o comboio de regresso!!! É que ainda queríamos subir o elevador do arco da rua Augusta, ainda não tínhamos almoçado e o tour demorava bem mais de duas horas... Mas, 'against all the odds', conseguimos fazer tudo isto nas calmas e ainda visitamos os cofres do MUDE, na rua Augusta, no seu último dia de abertura ao público, a cinco minutos de fechar o museu... Surreal!!! Os cofres são brutais: nem eu, nem a Cátia sabíamos que o MUDE tinha sido em tempos a sede do Banco Nacional Ultramarino, por isso ficamos boquiabertas quando nos vimos a entrar naquele mundo parecido saído de um bom filme de acção, sem nos lembrarmos que os filmes imitam apenas a vida real... Antes de chegar à estação do Oriente, ainda passamos em frente à CGD de Lisboa, imaginando como seriam os calabouços do banco (estes sim recheados de dinheiro e pequenos grandes segredos).
O resumo do fim-de-semana? Há que ter atenção ao que nos rodeia: o mundo dá-nos um leque de oportunidades que, se estivermos distraídos a fazer o que está planeado, podemos deixar facilmente escapar... Deixar o tempo e a vontade fluir, apenas faz com que sejamos convidados a viver e saborear momentos.




domingo, 18 de agosto de 2013

Pequenos e graúdos...

O pequenito sabia do que falava...
Eu? Namorar com a irma do meu amigo? Naaaaaooooo!!!
Dos seus 8 longos anos de brincadeira e sabedoria, continuou, quando lhe perguntei porquê...
Então, ele é o meu melhor amigo!!! Isso não ia poder acontecer... Duh! Ela é irmã dele e depois ele podia não achar piada... 
Indagava-me entretanto como ele podia já, tão pequeno ter esta atitude, quando ele rematou, sorrindo de lado...
Além disso, ela é feia.

Autch!