Preciso do sol a dourar as minhas sardas, enquanto o mar sussurra segredos que finjo não ouvir. Ou não soubesse eu que a vida é um carrocel que não pára, acelera nas curvas e abranda nos locais que são feios e sós.
Preciso que os meus pés desapareçam na areia. E me relembrem que o sonho nos faz voar mais e mais alto, mas há sempre algo que nos prende à realidade dos dias e do mundo.
Preciso da água, a mergulhar nos meus poros, a refrescar as memórias enquanto esboço um sorriso.
Preciso de parar. De me desprender do trabalho, de medos infundados, de solidões inconsequentes.
Preciso de um só segundo. Ou uma eternidade talvez.
Preciso reencontrar-me.
Já!