Feliz Natal

E segunda-feira já é Natal! Já me vem à boca o sabor das rabanadas e das filhoses com nozes da mamã (sim, porque esta boquinha não gosta de mais nenhumas!)... E sabe muito bem olhar para as prendas à volta do pinheiro e antecipar a grande noite!
O Natal agora é mais calmo, não há a azáfama de quando eu era pequenina, em casa da minha avó, na qual reinava a confusão e aparecia sempre no final da noite o velhote da barba branca, vestido de vermelho e com um sacalhão de prendas...
Agora o Natal é mais calmo. Continua a alegria, e felizmente ainda contamos com a presença da minha avó, que nestas alturas fica sempre muito feliz. E agora, saboreamos muito o Natal, já que todos os anos temos a plena consciência de que este pode ser o último Natal dela, o último Natal com ela... Saboreamos o Natal, com a certeza que a melhor prenda é a presença da minha avó connosco.
Este é um tributo à minha avó, uma senhora que de mordomias sempre teve pouco, que sempre trabalhou muito e de sol a sol, e que tem sempre um sorriso malandro na cara, e uma palavra amiga. Há já 5 anos que a minha avó me faz companhia, todos os dias. E sinto mesmo falta quando há um dia em que não sinto a sua presença. Ou porque saio cedo e chego tarde. Ou porque ela está doente e não se levanta. Há já 5 anos que sei que hoje pode ser o último dia que passo na companhia dela, esperando intimamente que não seja... Sei que este Natal é nosso. E, portanto, vou passá-lo com muita alegria!
Um bom Natal para todos!